quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cores, odores e paladares...

... Que é o mesmo que dizer: árvores, plantas e flores, por esta ou outra ordem qualquer!

No caso, aquilo que pretendo vir a plantar no meu quintal. Assim eu tenha tempo e alma!

Pois está claro que tenho planos...  Desde há muito tempo. Vamos lá ver no que irá dar!


ÁRVORES

Não quero plantar mais do que três, que é a conta que Deus fez. Uma laranjeira, talvez uma macieira e quiçá um abacateiro... Mas dos que dão o tipo de abacate que eu gosto, de casca escura e frizada, tão bons para fazer guacamole. Não aprecio nada daqueles de casca verde e lisa, muito fibrosos por dentro.
A laranjeira dá frutos ao fim de um ou dois anos. Plantar uma macieira é que parece ser algo trabalhoso.

Confesso uma certa curiosidade em relação à nogueira, mas é algo que ainda me irá requerer pesquisa.

O que é que eu já tenho? Um limoeiro que já padeceu imenso, mas que resiste como um verdadeiro herói; uma pereira que em tempos terá dado belos frutos, mas que não sei em que estado está, e parece que também tenho por lá uma nespereira, mas confesso que nunca dei por ela (ao passo que cheguei a jurar ter visto por lá uma figueira que afinal não existe).

VEGETAIS

Estou tentada a listar uma dúzia deles: tomate, cebola (e eventualmente alho), abóbora, pimento, pepino (e talvez beringela), couve galega (quiçá couve-flor), repolho, espinafre, bróculos, agrião, nabo e chuchu. Malagueta também quero (faço questão), mas não sei onde a inserir... Nem nesta divisão que aqui faço, nem fisicamente, no quintal. Talvez a ponha em vasos.

ERVAS

Para já umas duas mancheias, mas o céu é o limite no que se trata a descobrir as suas propriedades e potencialidades (e eu, que me interesso pela tema, conheço já imensas): salsa, hortelã, coentros, oregãos, manjericão  tomilho ou poejo, e as floridas lavanda, alecrim e cidreira. Também acho piada à azedas, cujos pés, picadinhos, temperam lindamente as saladas de fruta.

BAGAS (e pequenos frutos rasteiros ou de silvas)

Ele há groselha, mirtilo, cassis, goji; e, nos frutos vermelhos e/ou silvestres, as amoras, as framboesas e os morangos. Também acho imensa graça ao fisális. Mas para "brincar", escolherei, no máximo, os a negrito.

FLORES

À partida não irei ocupar os meus canteiros com flores, sendo que os que vier a ter deverão permanecer em vasos. Provavelmente algumas plantas aromáticas também, mas isso logo se verá. Devo dizer que não percebo absolutamente nada de flores, o que acarreta uma enorme dose de desafio a esta nova fase da minha vida!
O caminho faz-se ao caminhar, lá diz o ditado. E, aos pouquinhos, irei florir e deixar-me florir. Assim será!
Mandei arrancar uma antiga roseira que se encontrava "embicharada", e fiquei muito triste ao perceber que os homens das obras deram cabo de uma quantidade de verde que eu ali tinha, nomeadamente uma árvores qualquer que eu não sei o que seria mas que enchia a entrada para o quintal, e um cacto gigante que lá havia.

Por fim, há ainda as plantas trepadeiras com que pretendo adornar duas zonas do quintal: sem flores, as que irão "forrar" a rede que divide o meu terreno do do vizinho; e bunganvílias (talvez brancas, talvez verdes) a ornamentar o caramachão. E há ainda uma árvore, que não de fruto, que me apetece muito ter: a Magnólia...

Fonte: http://decoradorabile.com/tag/arvores-no-quintal/

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Hoje apeteceu-me colorir o Outono...

... E por isso coloquei, a fazer de metáfora, esta selecção de imagens no meu facebook: 


Fonte: http://pinterest.com/joycediehl/bom-de-viver/

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Cozinha corrida

Já não é novidade que sou adepta de espaços domésticos pequenos. Se há coisa que me agrada é ver como se consegue aproveitar e rentabilizar cada cantinho de uma casa.
Para mim, uma sala de estar é um espaço moderado onde todos se possam sentar confortavelmente perto uns dos outros, e não um salão com áreas que não são fruídas, desprovidas de razão (e de emoção).
Já o quarto, esse é suposto ser algo à minha medida, que permita ter perto de mim o que me é mais intímo, mas não uma zona por onde cirandar sem rumo e sem necessidade.
Claro que não sou fundamentalista, pelo que, se tais divisões, apesar de grandes, souberem proporcionar vários ambientes, nada a dizer. Já vi algumas versões que me agradaram. E casas de banho enormes e agradáveis também. Mas confesso que isso é raro, pelo simples facto de que não é fácil decorar com alma espaços demasiado abertos.
De todas as divisões, talvez a cozinha seja a que eu melhor compreendo que as pessoas prefiram em grande, seja para colocar uma ilha ao meio, seja para o que for. Mas, pensando bem, se a minha o fosse, acrescentar-lhe-ia apenas um recanto mais intimista - e talvez uma poltrona - para poder dar despacho aos e-mails enquanto cozinho e para confraternizar com as visitas.
Ainda assim, prefiro-as pequenas e bem aproveitadas. Têm de ser funcionais e acolhedoras ao mesmo tempo, o que não é fácil. Gosto de poder ter tudo à mão, bastando para isso virar-me de um lado para o outro e, ainda assim, saber que nela caibo eu e mais o meu mundo.
A minha cozinha é assim. Assim a soube, no exacto momento em que a vi pela primeira vez. Nesta edição que lhe serve de homenagem, mostro alguns exemplos de cozinhas com a mesma estrutura: estreita e longa - também designada "em corredor". Só enquanto a minha não fica definitivamente acabada.



Eis, para mim, o que tem de ter uma cozinha: boa(s) bancada(s) de trabalho, suficiente espaço para arrumação, bastante luz natural e uma disposição ergonómica. Depois é só torná-la bonita. E pronto!

Aproveito, e partilho aquilo de que me lembro sempre que se fala em cozinhas pequenas - se bem que o caso que se segue diz respeito a uma cozinha muito mais pequena do que qualquer outra; qualquer coisa parecida com isto:



Rachel Khoo:

Rachel Khoo é Inglesa, provinda de uma família de imigrantes orientais e mora em Paris. As suas receitas pretendem reproduzir os clássicos da cozinha francesa numa versão moderna e desmistificada. Não domina bem o francês, o que até poderia ser uma limitação, mas que é transformado em charme.

O programa é gravado na sua cozinha, que é minúscula, e a par da qual todas as cozinhas são palácios. Na verdade, para se movimentar esta cozinheira conta com um espaço quadrado que tem a medida total de ambos os seus braços abertos.
A Rachel trabalha sobre uma pequena bancada de madeira que ela mesma providenciou, e cozinha de forma viva, descontraída (descalça até)... de um jeito simples mas, ao mesmo tempo, algo sofisticado.


Bon appétit!