ÁGUA
Na mira de um consumo da água mais
racional, as torneiras da cozinha e da casa-de-banho serão apetrechadas de um
redutor de caudal; a loiça é lavada à mão no sistema de duas cubas (o
lava-loiças só tem uma, mas a técnica consiste em lavar nela e enxaguar num
alguidar, ou vice-versa), evitando a irresponsável tentação da lavagem sob água
corrente; a primeira água do duche (enquanto não sai quente) é aproveitada
para a rega ou para a limpeza do chão (aliás, a água de passar a loiça a limpo
também serve para lavar o chão do
quintal, por exemplo).
Quem tem um quintal costuma
consumir mais água, mas eu quero ver se consigo compensar as coisas.
Quanto ao autoclismo, para além
de ter duas intensidades de recarga, levará, no cifão, uma garrafa cheia de
água, por forma a impedir o seu enchimento total. Há quem opte pelo truque de
aproveitar águas de outros usos para as descargas, mas não me parece nada
prático. E eu privilegio formas inteligentes de fazer mais com menos, mas que
não causem desconforto.
Há dias vi à venda uns vasos
muito grandes que se colocam no jardim e que, para além de serem decorativos, servem
de reservatório para as águas da chuva e têm uma torneirinha, para além de um
filtro. São caros, e também não vejo razão para tanto, até porque sei que iria
passar a vida a imaginar a quantidade de bichos que iriam jazer por lá a todo o
momento; quer a afogar-se, no inverno, quer a dissecar, no verão. Ná!, não é uma
ideia que me entusiasme.
LUZ
No que respeita à energia
eléctrica, as opções são ainda mais. Deixo aqui uma mão cheia delas:
a) Investi
em dispositivos LED (sala, quarto, casa de banho, corredores, despensa e anexo) e lâmpadas
economizadoras (cozinha, quintal e arrumos);
b) Em
todas as divisões há sempre a hipótese de se acender uma só lâmpada [dei por um
erro de estudo que cometi ao optar por instalar um foco duplo no quarto, o que
me obriga a ter sempre um par delas ligado, mas isso é coisa que irei corrigir
no futuro];
c) Para
eventuais (e excepcionais) serões de TV não preciso de ter as luzes acesas
(nunca foi meu hábito), e tenho ainda duas outras possibilidades: o acumulador
de luz solar, que passará o dia a absorver energia no quintal e que tem autonomia
suficiente para o uso que darei à sala ao chegar a casa; e o antigo candeeiro a
petróleo, uma relíquia de família (era da minha avó materna e já em criança me
encantava), que, para além de servir como peça de decoração, é extremamente
útil em situações de falta de energia e pode mesmo ajudar a compor um ambiente
mais romântico...;
d) Não
possuo equipamento de ar condicionado, aquecedores de qualquer género ou
electrodomésticos muito gulosos de energia eléctrica, como seja um secador de
roupa. Utilizo muito poucas máquinas e, definitivamente, bem menos apetrechos
eléctricos do que a maioria das pessoas: não uso máquina de café (o café é
feito na cafeteira), nem chaleira eléctrica (aqueço a água ao lume ou no
microondas); a torradeira é daquelas de se colocar em cima do bico do fogão; optei
pela lavagem manual da loiça (para uma ou duas pessoas nunca achei que
compensasse a máquina); muitas vezes substituo os equipamentos eléctricos (picadora,
batedeira, espremedor, passe-vite, etc.) por utensílios manuais, tão mais agradáveis de utilizar!;
e) Todos
os grandes equipamentos são económicos (de A+ a A+++) e o uso daqueles que
ainda não o são (como o famoso ferro de engomar) é devidamente regrado. Mesmo
os aparelhos menos gastadores são, dentro dos possíveis, utilizados com consciência
e parcimónia (abertura das portas do frigorífico; aparelhos em modo de “stand-by”, lavagem da roupa à temperatura suficiente, etc.);
Se ainda era possível fazer mais
e melhor? Pois claro que era. Um exemplo é este: eu sempre quis – e o tanto
que teimei para isso! – que este meu forno fosse a gás. Por um lado, eu adoro
cozinhar no forno; por outro, o forno eléctrico gasta horrores de energia. Todavia,
de modo a não diminuir ainda mais o espaço do corredor que a cozinha forma
entre os armários, tive de fazer caber a placa de bicos e o forno respectivamente sobre e sob
um tampo de 50 cm, o que poderia ser um impossibilidade, não fosse eu a teimosa
que sou. Lá fácil não foi, é verdade: ao início juravam-me a pés juntos que uma
placa de bicos a gás, para ali caber, teria de ser de dois queimadores, ou então três, mas todos na horizontal... O que me levaria uns 90cm de bancada. Por outro lado, um forno para ali ser encastrado, só se fosse
mini, ou híbrido (um forno-microondas), e coisas dessas, para mim bem estranhas.
Valeu-me a inteligência da Teka (a linha
espanhola) em perceber que as cozinhas são cada vez
mais pequenas, e que já lá vai o tempo em que tudo tinha de ser standard e
chatinho. E foi assim que consegui uma
placa com quatro bicos de gás,e um bom forno... Mas eléctrico! E agora há que ter alguns cuidados, como não desperdiçar em pré-aquecimentos desmesurados, desligar o forno um pouco antes de terminar, etc.
GÁS
É gasto sobretudo na confecção
dos alimentos e nos banhos.
Já por natureza não gosto de
aquecer a comida em demasia, e até aqueço menos coisas do que a maioria das
pessoas que conheço (como vários pratos frios, não cozo demais os legumes, nunca
aqueço o leite, quase sempre bebo o chá gelado, enfim...).
Para cozinhados a sério, sempre
que possível uso a panela de pressão. E aproveito sempre para lá meter algo que
preciso cozer para outras refeições (exemplo, arroz ou massa, dentro de uma bola
microperfurada, própria para o efeito).
Sempre que a loiça não careça de
uma lavagem mais profunda, lavo-a com água fria. E conto que a suposta “inteligência”
do meu esquentador o faça ter um funcionamento equilibrado.
Optei por não colocar um painel solar
no telhado do anexo do quintal. Daria um resultadão, porque apanharia sol
directo durante horas, mas trata-se de um investimento demasiado avultado
para mim, do qual tão depressa não iria beneficiar. E o dinheiro está mesmo
caro!
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E pronto! Sou adepta de outras
formas de poupança e contra o desperdício, como por exemplo no que tenha a ver
com as compras e com a alimentação (há que reutilizar e reaproveitar) e outros
hábitos com os quais podemos ter maior qualidade a um menor custo. Mas isso
será melhor apresentado um pouco lá mais para a frente, aí já com exemplos
ilustrados, para não se tornar tão maçador! J
Já agora, um exercício: vamos ver se alguém consegue adivinhar, por aproximação, os montantes das minha facturas da água, da luz e do gás referentes a um mês típico nesta casa. Eu ainda não consigo ter uma ideia, mas é importante que a tenha em breve para melhor poder planear.
Já agora, um exercício: vamos ver se alguém consegue adivinhar, por aproximação, os montantes das minha facturas da água, da luz e do gás referentes a um mês típico nesta casa. Eu ainda não consigo ter uma ideia, mas é importante que a tenha em breve para melhor poder planear.
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