segunda-feira, 22 de abril de 2013

IKEA II

Do sofá

Claro que haverá outros, e até bem mais baratos. Mas a paciência para procurar nunca foi muita. Talvez porque eu e os sofás não temos lá muito a ver. A passear-me pelo IKEA, comecei por me encantar pelo cinza escuro (creio que idealizava um em cinza claro, mas nada do que via me agradava) e com os braços bem rectos, de tal maneira que seria possível servir-me deles como base para colocar um caderno e ir escrevendo, o que já tem um pouco mais a ver comigo. Ou mesmo para, esporadicamente, colocar um tabuleirozinho com uma sandes e um copo de leite. Todavia, à medida que o tempo fui passando (e eu observo os mesmos sofás expostos no IKEA há quase dois anos), fui tomando noção de alguns aspectos:

1) Em braços como esses, à medida que o sofá vai sendo usado, nota-se imenso as deformações; ou seja,  uma vez que as costuras que demarcam os seus contornos saiam do sítio, salta logo à vista um perfil torto.
2) O modelo "irmão", de formas curvas, apresenta um estilo mais clássico, que vai muito bem com a sala. Não poderei usar os braços como pequeno balcão, mas, em contrapartida, dão excelentes almofadas! :-)
3) Por fim, o tom castanho-cinza condiz melhor com o ambiente, na medida em que é "seco" e mais rústico.


Da cama

Esteve para ser feita à medida. Cheguei até a desenhá-la, como desenhei os armários da cozinha, o roupeiro e a despensa. Não a queria com mais de 1.90 cm de comprimento, de modo a permitir ainda uma banqueta a seus pés. Tinha era de ter bons gavetões e, de resto, ser branca e simples, sem cabeceira, para não "encher" demasiado a parede de um quarto que, não sendo grande, quero que se mantenha bem "arejado". Cheguei até a pensar em juntar, costas com costas, dois armários baixos, sobre os quais colocaria o colchão, sem qualquer tipo de estrado, que não preciso. Agradam-me até os colchões postos sobre o solo.
Mas, no entretanto, achei esta cama, vendida pela módica quantia de 199€ ou 189€, consoante sejam as suas dimensões respectivamente de 160 X 200 ou 140 X 200. Perco 10 cm, é certo, mas o preço é bom. Se é bonita ou não, pouco importa, já que o edredão a irá tapar na sua quase totalidade. Mas até não é feia.


Da marquise

Foi logo desde que me enamorei pela casa, que senti que naquela marquise havia de fazer uma espécie de recanto descontraído, com uma mesinha e duas cadeiras. As primeiras visitas à casa foram ainda de inverno, o que me permitiu imaginar-me ali a ler um livro e a saborear um vinho vendo a chuva a cair nos vidros. Mais tarde, já com o tempo bom, vi-me a escrever ou a beber um chá com uma amiga, com as janelas abertas de par em par, deixando entrar a brisa morna, os aromas das árvores e o chilrear dos pardais.
Cadeirões já eu vi para lá de muitos, em casas de estilo rústico, como a Companhia do Campo, ou mesmo as lojas Viva e outras. Mas sempre demasiado caras, sendo que o que busco é um conforto simples. Certo  dia reparei nas poltronas de verga do IKEA. De todas as que lá se vendem, foram estas as que me saltaram à vista como sendo perfeitas. Já houve quem me tentasse convencer a ponderar uma outras, brancas, mas é exactamente estas, e desta cor, que eu pretendo. Mais: são extremamente confortáveis e, apesar de serem das mais caras de toda a gama IKEA, custam menos de metade do preço de quaisquer outras a que eu possa ter chegado já a achar alguma graça.

Já a camilha, essa tem uma história diferente: eu, que até prefiro sempre a madeira ao metal, dei comigo a fazer uma escolha deveras inesperada. Explicando: a loja de decoração Casa tem à venda uma mesinha muito querida, com o (tri)pé pintado de branco e o tampo em madeira natural, rústico e lindíssimo. Mas então não é que, ainda assim, o IKEA me ganhou?! Não sei... Havia qualquer coisa na outra mesa que parecia não bater lá muito bem. E não era pelo preço, que não chegava a 40€. Não sei se seria o excesso de madeira que senti que traria àquele espaço, ou o risco de o escurecer em demasia, mas algo se me apresentava como que "pesado" demais. Já a que comprei permite-me manter a graciosidade que  pretendo, é super económica (15€), fácil de limpar e à prova de cachorro afiador de dentes em património alheio, para além do que tem uma prateleirinha que é um mimo para eu colocar um vasinho de manjerico. Que a da Casa é mais bonita, disso não tenho dúvida alguma. Mas que me parece que o resultado final é capaz de ficar mais leve assim, parece. Para além disso, torna-se mais prático e funcional nos usos do dia-a-dia.



E assim é esta tríade de opções IKEA.

Creio que se percebe que tendo a ser um bocadinho monocromática. Não é fácil verem-me a comprar algo de cores primárias ou garridas, de facto. Gosto de cor, mas na decoração de interiores creio que prefiro que essas sejam trazidas por elementos naturais, sendo o seu efeito mais rico se contrastando com uma base mais neutra. De resto, nesta casa as cores são ditadas pela busca pelo provençal: a parede do quarto é cinzenta, a do anexo é bege, o chão imita a madeira, os móveis da cozinha são num branco sujo / amarelado. A sala, essa tem duas paredes cor de alfazema, para a tornar mais luminosa. Um tom mais rosáceo chegou a ser considerado, mas achei-o demasiado romântico, e "puxei-o" um pouco mais para o lilás. Outras cores são ainda possíveis nas paletas provençais, como o verde seco (que usarei apenas no exterior: nas portas da churrasqueira e nas portadas do anexo) e um certo azul que, apesar de eu adorar, foi completamente banido. É que eu imagino-o perfeito numa casa que seja perto do mar; que cheire a maresia.



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